A maioria dos homens tem medo do poder feminino 50+
A maioria dos homens tem medo do poder feminino 50+
Essa afirmação, feita por Lorin Krenn durante conversa com Claira Hermet na BBCRadioLondon, toca em algo importante especialmente para mulheres que estão nos seus 50 ou mais, vividas, com bagagem, desejos e clareza de quem são.
Se você está na metade da vida ou passou dela, provavelmente já se perguntou: “Por que ainda não encontrei alguém que acompanhe o meu passo, ou que se sinta confortável com quem eu sou de fato?”
A frase de Krenn nos convida a olhar para alguns pontos.
1° Poder feminino: o que é isso para nós?
Poder feminino não significa dominar ou submeter mas sim ser autêntica, ter voz, saber o que quer, não aceitar menos do que merece.
Aos 50+, isso costuma vir com mais naturalidade. Você já vivenciou várias fases, tem histórias, opiniões, talvez filhos criados, profissão estabilizada ou mudança de rota, etc.
Quando você expressa esse poder ao dizer “eu quero isso”, “isso não me serve”, “eu tenho prioridades” algumas pessoas podem se sentir intimidadas ou fora de sintonia.
2° O “medo” de homens, o que pode estar por trás?
Quando Krenn diz “a maioria dos homens tem medo do poder feminino”, isso pode querer dizer várias coisas:
- Alguns homens podem se sentir desconfortáveis quando a mulher assume liderança ou decide muito no relacionamento;
- Outros podem não ter processado suas próprias vulnerabilidades, medos ou inseguranças e diante de uma mulher forte isso aparece como “ameaça”.
Em estágios de vida diferentes, expectativas de relacionamento mudam: aos 50+, talvez você queira parceria de igual para igual, intimidade emocional, companheirismo e isso pode desafiar modelos antigos.
3° Implicações práticas para quem está na faixa dos 50+
- Autoafirmação: Reconheça seu valor, suas escolhas, o que deseja na vida e no amor. Não se desculpe por isso;
- Escolha de par: Procure alguém que valorize quem você é — inclusive sua história, seu “poder”, sua autonomia;
- Comunicação sincera: Às vezes é preciso abrir o jogo: “Eu já vivi, aprendi, sei o que quero — e quero alguém que acompanhe isso;
- Paciência e flexibilidade: Pode ser que você encontre pessoas com menos experiência de relacionamento maduro ou que estejam na mesma vivência. Ouça seus próprios limites e veja se há sintonia;
- Evite comprometer-se por “medo de ficar sozinha”: O risco é entrar em algo que não valorize você ou que reduza seu poder;
- Empoderamento mútuo: O ideal é que o relacionamento permita que ambos você e o parceiro sejam fortes, vulneráveis, cresçam juntos.
4° Um convite à reflexão
- Pergunte-se: “Quando eu digo ou mostro meu poder, como o outro reage?”;
- Observe: “Tenho aceitado posicionamentos mais baixos para agradar ou evitar conflito?”;
- Imagine: “Que tipo de relacionamento representa para mim: comando-submissão, ou parceria de respeito e crescimento mútuo?”;
- E conclua: “Se quero alguém que me acompanhe, será que estou também preparada para apoiar e acompanhar as mudanças dele ou dos dois juntos?.
Não Se Diminua: O Próximo Capítulo Começa com Você
Ao final desta reflexão, fica o convite: não se diminua. O poder feminino, que floresce com a experiência dos 50+, não é uma ameaça, mas sim a expressão da sua autenticidade e história. O amor maduro exige coragem – a coragem de ser quem você é e de esperar por alguém que não apenas acompanhe seu passo, mas que também celebre sua força.
O medo de ficar sozinha jamais deve ser o preço por um relacionamento. Busque ativamente parcerias de mútuo crescimento e respeito, onde o empoderamento seja recíproco. Seu próximo capítulo amoroso deve ser de autonomia, não de submissão. Você merece ser vista e valorizada em sua plenitude. E essa jornada, como vimos, começa sempre com a autoafirmação e a clareza sobre o que você quer e o que você merece.
Patrícia Ceola
Leia Também
