Gordofobia
Gordofobia: Sou adepta de me cuidar, mas não da vida ser um cativeiro.
Já sei que estamos vivendo tempos mais libertos, de menos preconceitos, de aceitar nossas diferenças e não julgar a pessoa pela aparência, mas pqp, porque cargas d´água a maturidade vem com 2, 3, 6 quilos a mais?
É uma pochette grudada em minha barriga. Pneus que não só existem nas ancas como nas costas. E o braço gordo? Pernas e bundas então, não sei nem mensurar o quanto aumentaram.
E não estou falando em comer sem lei, em se entupir de bobagens. Eu malho diariamente (light, é claro), como saudável, não janto dias de semana (ok que me entupo um pouco de pão na hora da sopa) mas levo uma vida gastronômica monástica e mesmo assim tenho uma boia na cintura. Faz como?
Temos que nos aceitar, entender que ninguém aqui é refém da juventude, que o tempo passa e o corpo muda, mas acho que o choque da mudança do corpo, aquele choque de verdade, se dá aos 50 e blau. Você sente isso?
Tenho umas amigas peruas e vigilantes que só tomam água mineral com um shot de limão; outras que comem peixe a semana toda e aboliram a carne e o frango pela quantidade de química; fazem muay thai, zumba dance e cross fit (nada que não for isso emagrece, segundo elas) e compram roupas menores do que o tamanho delas para se obrigarem a caber nelas.
Veja lá se eu farei isso meu Senhor. Sou adepta de me cuidar, mas não da vida ser um cativeiro. Se estou acima do peso forever, acho melhor fazer um bazar com as roupitchas aposentadas; virar dançarina de burlesque e procurar namorado na Zona Norte. Como diz uma amiga minha, suburbano carioca ama uma cinquentona GG. #madurafeliz
Kika Gama Lobo
Texto publicado no site Claudia Online.
3 Comentários
Ahahaha! Muito bom! Concordo plenamente! Mas essa novidade do namorado da zona norte eu desconhecia…vou ficar mais atenta! Kkkkk
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