Balzacas no Cio
Balzacas no cio
Caraca, basta uma espiada nos corpos ardentes da mulherada madura no eixo Ipanema-Leblon-Barra para ver que o chip da beleza está dentro da epiderme de muitas. A mulherada madura exala sexo.
Coxas rígidas, mamilos duros, cabelos fartos e unhas firmes convivem com bocas infladas, sobrancelhas despenteadas (está na moda) e muita, mas muita vontade de causar e acasalar.
Você pode achar isso normalérrimo quando se tem 20 anos. Aos 60, as new Tinder women estão cheias de si e se reproduzem feito Gremlins.
Nos almocinhos pós-praia, violam nossas ouvidos – como canta Chico Buarque – num frenesi verbal comparado à Geni.
Falam de prótese peniana (silicone no pau, para os íntimos), Cialis, plug anal, poliamor como quem dita uma receita de ambrosia.
O olham incestuosamente para as suas presas. São elas, as maduras, que miram os novinhos num pré- banquete. Antes damas. hoje livres. Menos Sartre e mais Sutra, sacou?
E adoram os canalhas, os vagabas, os à toa do Rio, afinal somos mister em produzir encostados. O Rio traz essa maresia, esse bafo marítimo causando um banzo que só permite levantamento de Chopp, baseados enrolados ou Fla-Flu no ouvido.
O Rio arde nos mil graus e as 50+ arfam. Com seus decotes mis, suas minissaias vis e suas segundas intenções viris. Ganham massa muscular, força física e tônus. Viram Cyborgs da libido.
Aqui temos Belas da Tarde que nem fingem recato. São taradas mesmo.
E eu, sempre voyeuse, fico espiando às colegas num BBB silencioso. Já já sacam o meu movimento e me colocam no paredão, mas até lá eu já ganhei a prova do líder da literatura cotidiana.
Então bora sambar na cara da sociedade revelando os podres das novas Rainhas do pedaço, chipadas, renovadas e abusadas, mandando para o espaço a fama de Princesinhas do Mar
Aqui é só babado, porrada e bomba.
Palavra de carioca.
Kika Gama Lobo
Texto publicado no site inconformidades.com (com alterações)
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