Divorcio na maturidade. E quando tudo acaba?
Divorcio na maturidade. E quando tudo acaba?
Os tempos mudaram. Se pensarmos nas gerações de nossas mães e avós, o divórcio era o último recurso a ser escolhido mesmo quando a convivência a dois já não estava mais suportável. E isso por inúmeros motivos: até 1977, não era possível divorciar-se no Brasil. Mesmo com a lei publicada, o preconceito com as mulheres divorciadas fazia com que os divórcios não ocorressem.
Após esse período o cenário foi mudando mas ainda assim havia outras questões como dependência financeira, emocional, vergonha da família, da sociedade, sensação de fracasso, medo da solidão, entre outros.
Divórcio hoje em dia
Hoje o divórcio não significa mais uma desvalorização da instituição casamento, mas uma consequência da expectativa elevada em relação à vida conjugal.
Um bom casamento agora é definido por perguntas como “Esse casamento me torna mais feliz como pessoa?” e “Meu casamento está contribuindo para minha autorrealização?” “Se a resposta for não, o divórcio pode ser visto como uma solução aceitável”,
Tenho inúmeras amigas que estão se divorciando na faixa dos 50 anos após longos períodos de relacionamento. Mas isso não significa que a dor da ruptura seja menor, e sentimentos como perda, abandono, solidão, frustração, depressão e arrependimento podem surgir, mesmo quando o casal não conseguem mais ficar casados e decidem romper.
Sabemos que não existe receita para se recuperar de um rompimento afetivo – são altos e baixos, luto, tristeza, choro, saudades. Não tem muito como escapar.
Até que um dia acordamos bem e temos força para seguir em frente.
Mas para isso é necessário um mergulho no autoconhecimento, autoacolhimento, compreender o processo do luto e dar tempo ao tempo.
Por que o divórcio após os 50 está se tornando mais comum agora?
É provável que muitos fatores contribuam para o fato de mais casais mais velhos se divorciarem agora do que nas gerações anteriores.
Um dos motivos é que o significado do casamento mudou. Nosso roteiro cultural ou expectativas sobre o que constitui o sucesso conjugal mudaram com o tempo.
Além disso, mais mulheres são mais independentes economicamente agora, dando às mulheres um caminho alternativo para sair de um casamento insatisfatório que as mulheres das gerações anteriores podem não ter tido.
Hoje a legislação resguarda as mulheres que não desempenharam atividades laborativas, ao determinar pagamento de pensão, assim como trata da questão patrimonial de maneira técnica, sem deixar-se contaminar pelos preconceitos e posturas sociais.
Mudanças sociais e culturais, como o aumento da expectativa de vida e as alterações sobre o estigma da mulher separada, também explicam o crescimento deste percentual.
As mulheres acabam decidindo pela separação por buscarem uma vida com mais liberdade, mais prazerosa, por terem sido traídas ou não se sentirem satisfeitas.
Além disso, a falta de atenção, de romance e de carinho também motivam as mulheres a por um fim na relação.
E pra você, qual é a sua dica (ou estratégia) para ajudar a superar um término?
Vamos nessa? 💕
Patrícia Ceola
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