Histórias de Vida Saúde

Entre Ondas e Marés: Navegando pela Perimenopausa

Entre Ondas e Marés: Navegando pela Perimenopausa

Entre Ondas e Marés: Navegando pela Perimenopausa…

Se alguém me dissesse aos 30 que lá pelos 45 eu começaria a me estranhar, talvez eu tivesse rido.

Mas a verdade é que a perimenopausa chegou de mansinho — ou melhor, de voadora.

Um dia eu estava ótima, e no outro… ansiosa sem motivo, dormindo mal, com calores infernais em pleno inverno.

Minha memória, que sempre foi meu orgulho, começou a falhar. Comecei a esquecer palavras simples, compromissos. Teve um dia em que fui pegar o celular no freezer. Juro.



Achei que era estresse. Depois, burnout. Só depois de muito pesquisar e conversar com outras mulheres entendi: era a perimenopausa.

A tal fase que ninguém explica direito, mas que pode bagunçar tudo — hormônios, humor, identidade.

Tenho uma amiga que foi por outro caminho.

Ela começou a sentir dores articulares, principalmente nas mãos e nos ombros. Jurou que era tendinite, até que os exames deram normais.

Também começou a sentir um formigamento estranho nas pernas.

Foram meses achando que era algo neurológico. Só descobriu que era efeito hormonal quando foi a uma ginecologista especializada.

Hoje ela conta pra todo mundo, porque nunca imaginou que esses sintomas tinham a ver com a perimenopausa.

Mas, já ouvi falar de mulheres que passaram quase ilesas. Porque a perimenopausa não é igual pra todo mundo. Algumas sentem tudo. Outras, quase nada.

O problema é o silêncio. A falta de informação. A ideia de que estamos “quebradas” ou “doidas” por sentir tanto.

Quando, na verdade, estamos apenas em transformação. A perimenopausa, pra mim, virou um portal. Passei pelo susto, pela dúvida, pela negação…

Mas agora enxergo que ela me obrigou a olhar pra mim com mais atenção.

A respeitar meus limites, a cuidar do que meu corpo grita e minha alma sussurra.

É como maré. Às vezes revolta, às vezes serena.

Mas ela passa. E quando passa, deixa a gente mais inteira. Mais dona de si.



Para refletir:


  • Você tem ouvido seu corpo ou só tentado silenciá-lo?
  • O que você chamaria de “normal” que talvez seja só falta de informação?
  • Tem dividido com outras mulheres o que sente — ou se calado por medo de parecer fraca?

Você não está só nessa jornada. Informe-se, busque ajuda profissional


Do Silêncio à Força: Transformação Não Significa Estar Quebrada

A jornada da perimenopausa nos ensina que a transformação nem sempre é serena; às vezes, ela é revolta. No entanto, o verdadeiro inimigo não são os hormônios, mas sim o silêncio e a falta de informação que nos fazem acreditar que estamos “quebradas” ou “doidas”.

É crucial entender que calores, falhas de memória e dores articulares podem ser a maré hormonal te obrigando a prestar atenção em si mesma.

O convite final é: não se cale. Busque ajuda profissional, divida sua experiência com outras mulheres e use essa fase como um portal.

Ao respeitar seus limites e ouvir o que sua alma sussurra, você emerge da perimenopausa não como alguém que se consertou, mas como alguém que se tornou mais inteira e dona de si.

Vamos nessa?


Patrícia Ceola



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Sobre

Patrícia Ceola

Vivendo o desafio de chegar aos 50... Reflexões com amor e humor... 🎬 Empresária @abajourfilmes

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