Comportamento Histórias de Vida

Mulher, eu decifrei a sua dor

Mulher, eu decifrei a sua dor

Mulher, eu decifrei a sua dor.

A verdade, mulher, é que você está cansada. Eu consigo decifrar o seu sentimento, mesmo tendo verbalizado tão pouco sobre sua vida e seu casamento. Você sente falta de serotonina, aquele hormônio do prazer e do bem-estar; hormônio que produzido quando recebemos carinho, cafuné, abraços, quando recebemos cuidado.

Você está cansada de carregar o mundo nas costas; está deprimida ao se dar conta de que as suas necessidades como mulher são negligenciadas pelo seu marido. Você já tentou, por incontáveis vezes, fingir que estava tudo bem, que não havia motivo para sentir-se tão mal, mas agora a ficha caiu, e os choros no banheiro tornou-se uma constante.

Você queria um parceiro, mas tem apenas um marido de papel passado. Você queria ser olhada de dentro para fora, mas ele só te olha como a fortaleza que você demonstra ser. Ele não sabe te ler. E isso te mata aos poucos.

Ele não te trai com outras mulheres, mas também não te dá carinho. Ele é honesto, mas não é capaz de te acompanhar numa consulta médica sobre um assunto que te angustia muito. Vocês racham as despesas de casa, vocês dividem os boletos, e vendem a imagem de um casal perfeito. Mas o brilho dos seus olhos desapareceu há tempos. Mas a sociedade só leva em conta o brilho da aliança no seu dedo, né?

Você está no seu limite, está há mais de uma década tentando engolir as frustrações desse casamento. E sempre que vai se queixar, você é chamada de louca, histérica, dramática etc. E o pior é que, às vezes, você acaba menosprezando o que tanto dói em você.

Esperanças de que vai melhorar você não tem mais. Você está vendo os seus dias passarem enquanto se anula. Talvez tenham te ensinado que casamento é assim mesmo, mas a sua alma não assimilou essa teoria. A sua alma sabe das coisas, a alma nunca se engana sobre uma dor ou uma alegria.

Ivonete Rosa

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Ivonete Rosa
Sobre

Ivonete Rosa

Escrevo por qualquer motivo: euforia, tédio, nostalgia, amor etc. Eu encontro na escrita uma forma de organizar minhas emoções. Não sou muito falante. Contudo, me considero uma ouvinte atenciosa e interessada. Sou Psicóloga por vocação, Bombeira Militar por ofício e Escritora por paixão…visceral

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